segunda-feira, 27 de julho de 2009

PUBLICAÇÕES DO MEC

A publicação Passo a passo da implementação do Ensino de Nove anos traz orientações para a inclusão da criança de seis anos, traz relatórios sobre as ações implementadas e fala sobre as mudanças na proposta pedagógica, no currículo, nos materiais didáticos, que deverão ocorrer para que haja uma adequação a esta implementação.
Entendo que esta modificação no ingresso da criança, agora aos seis anos, traga beneficios, pois garante a sua permanencia na escola a partir desta idade. A partir dai dá-se inicio ao processo de alfabetização. A minha preocupação está nos anos posteriores. O que se vê é que o conteúdo desenvolvido não está adequado ao grau de maturidade da criança. Livros didáticos para o quarto ano, com conteúdo antes desenvolvido pela quarta série chegam a escola. Com textos complexos, exercícios pouco adequados. Temo que as escolas se tornem mais conteúdistas do que já são. A lei mudou, está faltando a adequação necessária para que o ensino realmente mude para melhor.
Apublicação sobre AEEE- deficiência mental fala sobre ações do ministério da educação que desenvolve a politica de educação inclusiva, com o aperfeiçoamento dos professores, capacitando estes para trabalhar também com alunos com deficiências.
Estas ações por parte do governo federal teriam realmente validade se ouvesse seriedade nessas medidas. Apenas capacitar o professor não é o suficiente. As escolas estaduais não estão equipadas para isso, a maioria nem sala de informática funcionando tem, sem falar em material pedagógico adequado, espaço físico. Infelizmennte, ao meu ver, não passa de uma medida para reduzir custos para o governo e deixar as escolas e o professor com uma grande responssabilidade a mais.
A publicação sobre Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Visual fala sobre implementações do governo federal que, através da complementação da formação de professores, organiza os serviços de atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência visual, não mais sendo assim necessária a substituição do ensino regular.
Já trabalhei em uma escola estadual em Porto Alegre que desenvolve um trabalho com alunos com deficiência visual. A escola conta com uma sala de recursos muito bem equipada, livros disponíveis na biblioteca em braile, e um professor com a formação adequada disponível para atender aos alunos. Acredito ser viável se houver um investimento em recursos a serem utilizados e também a remuneração para o turno inverso do professor que terá que preparar um extenso material para trabalhar com seus alunos além de acompanhá-los com aula de reforço(atendimento individualizado).

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